Comunicação Não-Violenta ou CNV. Esta é uma abordagem da comunicação muito utilizada e que traz muitos benefícios. E exerce um papel chave em empresas e pessoas. Como gerar conexão, empatia e compaixão entre as pessoas.
Isso envolve o jeito de saber falar e ouvir. E os seus resultados são bastante agregadores e expressivos.
Por isso, entenda agora o que é Comunicação Não-Violenta (ou CNV), como funciona, exemplos práticos e como aplica-la do jeito certo!
Para tentar deixar bem claro esse assunto para você, vamos abordar os seguintes pontos:
- O QUE É COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA (CNV)
- COMO FUNCIONA
- EXEMPLOS PRÁTICOS
- COMO APLICÁ-LA EM 7 DICAS PRÁTICAS
Então, vamos lá!
Você verá nesse Post
1. O QUE É COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA (CNV)
Desenvolvido pelo psicólogo Marshal Rosenberg, a comunicação não-violenta foi inspirada nas ações de grandes líderes. Como Gandhi e Martin Luther King, por exemplo.
Resumidamente, trata-se de habilidades de comunicação verbal (seja ela escrita ou falada) e não verbal (como expressões faciais ou corporais, gestos, imagens, entre outros).
Definitivamente, isso auxilia na forma que cada pessoa se expressa e escuta os outros. Dessa maneira, as nossas respostas deixam de ser automáticas e repetitivas. Então, passam a ser conscientes e baseadas nas percepções e interpretações do momento. Tudo feito por observação de comportamentos e fatores que influencia cada pessoa.
Além disso, a comunicação não-violenta funciona através da escuta ativa e profunda. Com objetivo de buscar e trazer mais atenção e respeito. Assim, não só evitar atritos, mas também gerar conexão, compaixão e empatia.
Logo, é por isso que a CNV é conhecida também como Comunicação Empática.
2. COMO FUNCIONA
Basicamente, a comunicação não-violenta se baseia em 4 pilares: observação, sentimento, necessidades e pedido.
OBSERVAÇÃO
Primeiramente, é preciso observar e focar nos fatos. No entanto, sem julgar ou criar juízo de valor. Entenda o que realmente está acontecendo para cada situação. Sempre agindo de forma positiva.
Em outras palavras, pergunte-se o que está dizendo ou fazendo que é agregador ou enriquecedor (ou não) para você.
Por exemplo: imagine que uma pessoa está chegando atrasada constantemente no trabalho. Ao invés de abordá-la como: “Você está chegando sempre atrasada.”, você pode abordar de uma maneira sem julgamento e sem generalizar. Como: “Reparei que você chegou atrasado para as nossas três últimas reuniões diárias. Está tudo bem com você ou tem algo em que eu possa ajudar?”
Reparou como é uma maneira mais sutil e compreensível para passar a mensagem e resolver uma situação de forma pacífica?
SENTIMENTO
O segundo pilar é entender os sentimentos que estão por trás das observações realizadas. Que explicamos agora no pilar anterior.
Assim, nomear o sentimento, ou seja, o que está sentindo. Como alegria, raiva, tristeza, medo, mágoa, enfim.
Desse modo, é preciso saber diferenciar o que se sente versus o que se pensa ou interpreta. Literalmente, substituir a sensação de “o que eu acho” por “como eu me sinto realmente”.
No exemplo da reunião que falamos antes, podemos citar algo como: “Quando você se atrasa, sem avisar, as outras pessoas acabam se prejudicando. Ou até se preocupando com você.”
Como resultado, é possível criar respeito mútuo, conexão.
NECESSIDADES
Depois que identificou e compreendeu os sentimentos, agora é hora de reconhecer as necessidades que estão ligadas a eles. Qual a necessidade que foi ou não atendida para você se sentir assim?
Ao fazer isso, será possível fazer com que elas sejam atendidas. Ainda, identifica-las ajudará muito a ter uma análise pessoal clara e honesta.
Em outras palavras, quando alguém expressa suas necessidades com consciência, as chances delas serem atendidas aumentam bastante.
No exemplo de chegar atrasado nas reuniões, quando a pessoa chega atrasada, no fundo, você pode estar em busca da necessidade de respeito.
Ou seja, ao chegar atrasada, essa pessoa provocou um sentimento que, no fundo, você se sentiu desrespeitado(a). Logo sua necessidade, é se sentir respeitado(a) e valorizado(a).
PEDIDO
Pedir por algo é muito mais valorizado do que mandar. Dessa maneira, expresse suas necessidades de forma clara, tangível e objetiva. No entanto, sempre em forma de pedido. Assim, a outra pessoa conseguirá entender tudo certo.
Ou seja, o que você precisa para que sua vida fique melhor?
Do mesmo modo, no exemplo da reunião, ao invés de falar “Não chegue mais atrasado(a)!”, tente algo como “Gostaria de pedir que você chegasse nos horários marcados das reuniões, tudo bem?”.
Ainda, confirme se a outra pessoa realmente entendeu o que está sendo pedido. E tente utilizar a empatia para fazer com que a mensagem seja entendida e respeitada de forma leve.
RESUMIDAMENTE…
Então, de forma resumida, os 4 pilares da Comunicação Não-Violenta (CNV) funciona da seguinte maneira:
Primeiramente, observe e entenda o contexto que você está inserido(a). Sempre sem julgamentos. Desse modo, identifique as atitudes ou gestos que te agradem ou não nesta situação.
Depois, compreenda o sentimento que você está tendo. Seja felicidade, raiva, mágoa, tristeza, medo, enfim.
Em seguida, identifique a necessidade por trás de cada sentimento.
Por fim, expresse de forma clara o seu pedido. Sempre lembrando em não mandar. E sim, pedir.
3. EXEMPLOS PRÁTICOS
Para deixar mais direto e claros o exemplo da reunião que falamos aqui, podemos resumir da seguinte maneira:
“Reparei que você chegou atrasado para as nossas três últimas reuniões diárias. Está tudo bem com você ou tem algo em que eu possa ajudar? (observação).
Quando você se atrasa, sem avisar, as outras pessoas acabam se prejudicando. Ou até se preocupando com você. (sentimento)
Isso pode acabar deixando as pessoas com a sensação de desrespeitadas. (necessidades)
Por isso, gostaria de pedir que você chegasse nos horários marcados das reuniões, tudo bem?” (pedido)
Outro exemplo…
Um outro exemplo prático pode ser feito em uma situação que acontecem nas casas das pessoas. Como em um almoço de família:
“Pai, quando vejo o senhor conversando sobre futebol durante o almoço de sábado, vejo que parece bravo e exaltado em alguns momentos. (observação)
Isso me preocupa um pouco porque fico triste em não conseguir conversar sobre futebol de um jeito leve. (sentimento)
Assim, não consigo conversar sobre algo que gosto com uma pessoa que eu gosto mais. (necessidade)
Por isso, gostaria de entender o que você pensa sobre isso para a gente conseguir conversar de forma leve e divertida. O que senhor acha de tentarmos fazer assim?” (pedido)
Esses foram só alguns exemplos práticos e resumidos de como trabalhar a Comunicação Não-Violenta. Apenas para tentar ilustrar mais para você.
Reparou como ela é bem leve, pacífica e conciliadora? Assim, a comunicação evita atritos e fica muito mais propícia para gerar respeito, conexão e empatia.
4. COMO APLICÁ-LA EM 7 DICAS PRÁTICAS
1. ESCUTE MAIS
Evite falar muito e tente escutar mais o que os outros tem a dizer. Sempre sem ter preconceitos ou julgamentos. Tenha a mente aberta nesses momentos e muita atenção ao que está sendo dito e abordado.
Seja acolhedor(a) e certifique que as outras pessoas estão confortáveis com a sua presença. Isso fará com que as pessoas tenham confiança de que estão sendo ouvidas. E que suas opiniões tem importância.
2. FOQUE NA SOLUÇÃO
Estimule a todos a pensarem na solução ao invés de focar nos problemas. Ficar discutindo o problema de modo excessivo é algo que pode não levar a nada. Talvez, somente estressa.
Por isso, focar na solução fará com que todos andem para onde realmente interessa. E assim, resolver as questões que precisam ser resolvidas e seguir em frente.
Desse modo, será possível sair de possíveis frustrações e desânimos. Assim, estarão motivadas para resolver o que precisa.
3. NÃO USE SEMPRE O MESMO ARGUMENTO
Utilizar o mesmo argumento de forme repetitiva leva a uma discussão sem dim. E isso gera uma exaustão e desânimo.
Neste caso, explore a criatividade e procure outras formas de abordar o assunto. Ao mesmo tempo, seja flexível para assimilar opiniões contrárias as suas. E tentar encontrar novas maneiras para tentar explicar seus pontos de vistas.
4. SAIBA CONTORNAR UM “NÃO”
Ao invés de brigar ou ficar chateado(a) quando receber um “não”, tente entender o real motivo por ter recebido esse “não”.
Da mesma maneira, investigue as razões por esta negativa. Além disso, trabalhe argumentos válidos para fazer com que esse “não” tenha chances de virar um “sim”.
5. SEJA CONCISO(A)
Quanto mais você se prolongar na sua fala ou explicações, maiores as chances das pessoas perderem a atenção ou se distraírem com outras coisas.
Por isso, seja conciso(a) e tenha objetividade quando for falar, se expressar ou explicar determinado assunto.
6. PRATIQUE A EMPATIA
Conforme falamos aqui, a empatia é algo que a comunicação não-violenta busca o tempo todo. E ela é chave para o sucesso de qualquer tipo de comunicação.
Por isso, coloque-se no lugar das pessoas que está se comunicando para entender seus pontos de vistas. Desse modo, você conseguirá compreender as emoções e sentimentos dos outros envolvidos.
Assim, você conseguirá monitorar e gerenciar melhor a sua comunicação pessoal e profissional.
7. ESTUDE MANEIRAS DE MELHORAR A SUA COMUNICAÇÃO COMO UM TODO
Sob o mesmo ponto de vista, procure estudar sempre modos de melhorar sua comunicação. Isso é fundamental para conseguir aprimorar e praticar ainda mais sua comunicação não-violenta.
Ao mesmo tempo, aqui, vamos deixar 2 dicas práticas e direto ao ponto.
DICA 1:
A primeira é a leitura do livro “Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”. Escrito pelo próprio Marshall Rosenberg, que desenvolveu a comunicação não-violenta.
Ele é praticamente o manual prático e didático que apresenta e mostra essa metodologia de uma maneira bem simples de ser entendida e praticada. Realmente é uma leitura muito válida mesmo.
Caso queira conhecer mais esse livro, você pode clicar nesta imagem aqui embaixo 🙂
DICA 2:
Em seguida, a outra dica é assistir nosso vídeo sobre Como Melhorar a Comunicação, que mostra dicas simples e práticas para você conseguir se expressar e ser entendido(a) por todos.
Desde já, isso agregará bastante a sua Comunicação Não-Violenta. Então, caso queira assisti-lo, é só clicar neste botão aqui em cima ou no link que deixamos na descrição.
E SÓ PRA FECHAR ESSE POST SOBRE O QUE É COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA (CNV)
Viu como a Comunicação não-violenta é simples de ser aplicada? Ao mesmo tempo, é muito poderosa e é capaz de trazer grandes resultados. Tanto pessoais quanto profissionais, pode acreditar!
E só pra recapitular o que falamos aqui:
- O QUE É COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA (CNV)
- COMO FUNCIONA
- EXEMPLOS PRÁTICOS
- COMO APLICÁ-LA EM 7 DICAS PRÁTICAS
Esperamos que tenha gostado! E se quiser saber mais sobre como montar e gerenciar seu próprio negócio, acesse nosso canal no Youtube que temos vários vídeos sobre este assunto, tudo bem? Para acessá-lo, é só clicar aqui.
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Um abraço!
Marcus,
Blog Abri Minha Empresa